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Artigo: Salvador, uma Cidade Forte

  • marciamacedo8
  • 15 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de ago.

Foto: Reginaldo Ipê
Foto: Reginaldo Ipê

A Roma Negra nasceu há 476 anos. Batizada São Salvador da Bahia de Todos os Santos, e com fundação realizada por Tomé de Souza, cuja estátua encontra-se na Praça Municipal, em frente ao Paço. No local onde os 43 vereadores da nossa cidade deliberam e discutem atualmente os caminhos e projetos para a nossa cidade. E este Paço, onde dentre outras instalações, encontra-se o Plenário Cosme de Farias, e o Museu da Câmara de Salvador, tem um rico valor histórico e político. Pois neste mesmo sítio estava situada a primeira Câmara de uma capital do Brasil-Colônia.


O Paço está localizado na Cidade Alta porque uma das principais preocupações da Coroa Portuguesa era a proteção aos invasores, e os holandeses, de fato, conseguiram dominar Salvador entre os anos de 1624 e 1625. Foi à época uma importante vitória e estratégica na geopolítica, pois além de ser um portal para o Atlântico a 4.565 Km da linha do Equador, a capital da Bahia era um dos principais portos das Américas.


E a cidade contou com diversas fortificações, pois a defesa de Salvador, capital do Brasil-Colônia, era fundamental para o Império Português. Portanto, a capital da Bahia já teve 30 fortes e hoje são 11. Como o de São Marcelo, erguido sobre a água, a 300 metros da costa, e construído em cima de um banco de arrecifes.


Mas a verdadeira fortaleza de Salvador não são essas construções. E sim a população aguerrida da nossa cidade. Inspirados na Revolução Francesa, que proclamava a “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, Salvador foi palco, em 1789, de um dos movimentos mais importantes do Brasil, que buscava independência, a liberdade dos escravos e também a igualdade racial e social. Era a centelha do espírito libertador do povo soteropolitano. A Revolta dos Búzios foi debelada pela Coroa Portuguesa e os mártires Manoel Faustino, Luís Gonzaga, João de Deus e Lucas Dantas foram enforcados em praça pública. Hoje seus bustos são reverenciados na Praça da Piedade.


Enfim, assim como Salvador expulsou os holandeses, lutou contra a tirania da Corte Portuguesa. E já no século XX, em 1964, no dia 31 de março, às vésperas do Golpe Militar, a Praça da Sé foi palco de uma manifestação pela manutenção da democracia com a presença do então prefeito Virgildásio Senna.



Informações do Portal Câmara Municipal de Salvador

 
 
 

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